Estudos sobre o câncer de colo do útero associam a doença à infecção pelo Papilomavírus humano, o HPV – doença sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo -, e mais comum em mulheres jovens. Para conscientizar a população sobre a doença, a campanha Março Lilás visa à prevenção e o combate ao câncer de colo de útero. Considerado o quarto tipo de câncer mais comum entre mulheres de 45 e 49 anos são esperados cerca de 527 mil novos casos por ano no mundo, de acordo a Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).

A evolução da doença, na maioria das vezes, acontece de forma lenta, passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Se diagnosticado precocemente, as chances de cura chegam próximo a 100%.

De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país deve registrar cerca de 16 mil novos casos de câncer de colo do útero, somente neste ano. Esta incidência é três vezes mais alta do que as registradas nos Estados Unidos e na Austrália. A realização periódica do exame de Papanicolaou vem sendo reconhecido como a estratégia mais efetiva na redução da mortalidade por esse tipo de tumor.

Prevenção

No Brasil, a estratégia de prevenção e diagnóstico precoce recomendada pelo Ministério da Saúde abrange a utilização de preservativos, a realização de exames de Papanicolaou, a partir dos 25 anos, e a vacinação contra o HPV, a partir dos nove anos de idade. “Para garantir a efetividade do programa de controle de câncer de colo do útero é necessário organização, integralidade e qualidade dos serviços, com indicação para um plano terapêutico mais apropriado para cada caso. Esse método de rastreamento sensível, seguro e de baixo custo, torna possível a detecção de lesões precursoras e o câncer em seu estágio inicial”, alerta.

A importância da vacina

A campanha nacional de mobilização, coordenada pelo Ministério da Saúde, tem o objetivo de vacinar pelo menos 80% das meninas de nove a 13 anos de idade, público-alvo da campanha, formado por um total de 1,7 milhão de garotas. Desde 2017, o Ministério da Saúde passou a oferecer gratuitamente a vacina também para meninos na faixa de 12 a 13 anos.

Segura e recomendada pela Organização Mundial da Saúde, a dose já é utilizada em mais de 100 países.

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