O que é o Uso Racional de Medicamentos e como fazê-lo corretamente

Dia 5 de maio se comemora esta data com o objetivo de promover a saúde e evitar problemas pelo consumo exagerado e inadequado

O uso racional de medicamentos é um dos principais fundamentos e de extrema importância quando se fala em tratamento de doenças. Isso porque o uso indevido pode trazer riscos à saúde, principalmente quando se trata da automedicação.

Esse tema é tão importante, mundialmente falando, que há um dia dedicado à relembrar desse cuidado, 5 de maio. A ideia é conscientizar sobre os riscos atribuídos a auto medicação. No entanto, é bem importante destacar que esse cuidado não deve acontecer em apenas um dia, mas ser permanente.

Fazer o uso inadequado e sem conhecer os benefícios e malefícios dos medicamentos podem levar a quadros de intoxicação, causar dependência e até mesmo à óbito. Somado a isso, essa conscientização também diz respeito a saber como descartar corretamente sobras de remédios, a fim de evitar problemas para outras pessoas e/ou danos à natureza.

A ideia deste texto traz à luz a importância do uso adequado de medicamentos e seus benefícios.

Pessoa colocando pílulas em sua mão – Imagem: Divulgação

Afinal, o que é o uso racional de medicamentos?

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), consiste em indicar a determinadas pessoas o medicamento apropriado para as suas necessidades, na dosagem certa, e a um custo baixo.

Aqui, é válido salientar que existem diferentes tipos de medicamentos para diferentes tipos de situações. Por exemplo, há aqueles que são indicados para prevenir doenças, como os fitoterápicos, e aqueles que aliviam sintomas, como os utilizados em casos e dor de cabeça e/ou febre.

Além desses, existem remédios que são utilizados para controle de doenças crônicas, a exemplo dos utilizados por pessoas portadoras de diabetes, hipertensão e colesterol alto.

Assim, o conceito do uso de medicamentos envolve, da parte dos profissionais da saúde, indicar ao paciente aquele que realmente vai melhorar a sua condição de saúde. É preciso, também, orientar sobre a maneira correta de consumir os remédios, bem como explicar os seus possíveis efeitos colaterais.

Em paralelo a isso, o paciente precisa ter consciência de somente ingerir os remédios no prazo indicado pelo profissional, nos horários corretos, e da maneira a qual foi orientado.

Por consequência, quando se utiliza fora do prazo dado pelo profissional de saúde, se caracteriza automedicação, que é o ato de tomar remédios pro conta própria. Ou seja, sem a indicação de um médico, dentista, farmacêutico ou de outra pessoa do ramo da saúde, que possui conhecimento e formação para essa tarefa.

Qual a importância de ser racional ao usar medicamentos?

O primeiro e mais claro objetivo é simples e universal: preservara saúde e a vida, seja do paciente e até das pessoas ao seu redor. Por isso, esse contexto é tão importante. Indicar substâncias inadequadas, ou na dosagem errada, além de não resolver o problema que fora apresentado, pode agravar quadros e levar a outras consequências.

Além disso, se automedicar, ou sugerir medicamentos quando não se é habilitado para isso, pode resultar em sérias consequências, tais como alergias, agravamento da doença ou surgimento de outras.

O uso irracional de medicamentos pode levar à dependência química e, em casos mais graves, à morte. Ademais, quanto ao descarte irregular, que também faz parte deste conceito, essa ação pode colocar em risco outras pessoas.

Por exemplo, ao jogar remédios em lixo comum, pode incentivar que esse medicamento seja encontrado e ingerido, ou até mesmo colaborar para a contaminação do solo.

Desse modo, jogar sobras em pias e vasos sanitários – que acaba sendo um hábito bastante comum da população – pode contaminar a rede de esgoto, água, leitos de rios, entre outros.

Então, como fazer uso de medicamentos corretamente?

A fim de evitar todos esses problemas elencados acima, o uso racional dos medicamentos deve seguir os princípios:

  • Prescrição médica;
  • Dose certa;
  • Tempo de uso correto;
  • Armazenamento adequado;
  • Descarte certo.

Entenda cada um deles:

Prescrição médica

Médico receitando medicamento ao paciente – Imagem: Divulgação

O passo fundamental para um uso racional é ter prescrição médica. Ainda que o remédio não exija receita, a orientação de um profissional é crucial para não consumir substâncias inadequadas ou que possam prejudicar a saúde.

Dose certa

Em conjunto com o item anterior, a dosagem certa do medicamento é o que garante a sua eficácia. Por isso, é essencial consumir apenas a quantidade indicada pelo profissional de saúde.

Tempo de uso correto

Remédios separados de maneira correta por dias da semana – Imagem: Divulgação

O mesmo vale para o tempo de uso. Os períodos menores podem comprometer os resultados e até piorar quadros de saúde. Já os maiores podem provocar intoxicação e agravar possíveis efeitos colaterais. Além disso, atentar-se aos horários da medicação, que são importantes para eficácia do tratamento.

Armazenamento adequado

O armazenamento certo também é essencial para garantir o uso racional de medicamentos. Já que guardá-los de maneira correta garante a qualidade, não perda do princípio ativo e eficácia do produto.

Ainda, evite a troca da embalagem original do remédio, pois além de conter informações importantes sobre o produto, como data de validade, pode gerar confusão e resultar na ingestão errada de medicamentos.

Descarte consciente

Por último, mas não menos importante, é fundamental se atentar ao descarte em caso de sobras, ou quando o medicamento chega ao vencimento. A forma certa de fazer isso é encontrar postos de coleta para esse tipo de produto, geralmente dispostos em farmácias.

Ademais, em caso de dúvidas, também pode entrar em contato com o fabricante do remédio e solicitar orientações.

Por fim, quais são os benefícios do uso racional?

Essa prática é benéfica tanto para o paciente quanto para as pessoas ao redor. Logo, utilizá-los corretamente ajuda a promover a saúde, evitar e controlar doenças, ter mais qualidade de vida e, ainda, proteger a natureza. 

Portanto, a Caixa de Saúde e Pecúlio, prezando pelo bem-estar de quem utiliza o serviços de saúde, leva-se a prescrição médica muito a sério e incentiva uso consciente e medicações, com profissionais preparados e capacitados para orientar no tratamento, garantindo que ele esteja sendo feito da forma ética, sem dúvidas, correta e adequada. 

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