Médica formada na Universidade Privada Aberta Latino-Americana (Upal), na Bolívia, em 2014, Ingrid Vendramini se especializou em Dermatologia no Brasil, em São Paulo. Ela é natural do interior de São Paulo, Catanduva. 

Residente há três anos na Baixada Santista, Ingrid trabalhou em diversos hospitais no interior de São Paulo e, atualmente, na Blue Med, da Praia Grande e Santos, na Santa Casa de Misericórdia e na Caixa de Saúde e Pecúlio. 

Para Ingrid, o início é sempre mais desafiador quando se fala em medicina. “A formação é sempre diferente da prática, quando entramos em ação chega a dar um sustinho, pelo dinamismo e rapidez com que as coisas acontecem. Tanto na área médica, nos anos de medicina, quanto na hora de se especializar”, explica ela. 

Na atuação, a maior dificuldade é fazer o paciente entender o que nós, médicos, passamos para eles. “A comunicação, às vezes, é difícil, porque existem termos ou determinadas situações que os pacientes não compreendem”. 

Ela atende, em média, 8 a 10 pacientes em procedimentos e 25 a 28 pessoas em consultas, atuando em dois dias da semana na Caixa de Saúde e Pecúlio – Foto: Nicolas Pedrosa

Segundo Ingrid, a ansiedade, principalmente nesse período “pós-pandemia”, tem sido desafiador pela pressa por diagnósticos rápidos e precisos. “Nós não temos nem pausa para respirar e analisar os resultados dos exames. Eles chegam aqui, falam o que estão sentindo e já querem saber o que tem. Existe um processo de diagnóstico antes e, às vezes, alguns não entendem isso e insistem em perguntas, pesquisas feitas na internet”, analisa ela.

“Meu pai é presidente do Sindicato da Saúde, em Catanduva, cuida de toda a parte de enfermagem, mas ele não é médico. Então, a escolha de ser médica veio de mim mesmo, desde pequena, me via seguindo essa profissão. É o famoso caso: a medicina me escolheu”, comenta ela. 

A escolha da medicina foi com o intuito de atuar na área de Dermatologia. “É uma área muito ampla, com diversos campos como a dermatologia clínica, estética, cirúrgica… ou seja, diversas vertentes que se pode seguir. E é um setor que tem crescido muito nos últimos anos, devido aos procedimentos estéticos e doenças cutâneas mais frequentes”. 

“Com maior frequência, as doenças mais comuns são quedas de cabelo (que se percebe maior incidência depois da chegada da pandemia), Onicomicose (micose da unha) e Acne”, explica ela, quando perguntada sobre quais os tipos de doenças mais frequentes na Caixa de Saúde. 

E, para finalizar, Ingrid comenta os cuidados com a pele. “Uma dica valiosa, e que muita gente se recusa a utilizar, principalmente aqui que é um lugar de praia, é o protetor solar, além de proteger do câncer de pele, manchas e contribui com o antienvelhecimento”.