Otorrinolaringologista da Caixa de Saúde alerta para cuidados com nariz, garganta e ouvido

Além de cuidados, ele alerta para possíveis situações e doenças que podem afetar essas três regiões do corpo

Conhecidos como “otorrinos”, o otorrinolaringologista é uma especialidade múltipla que cuida das estruturas complexas que forma os ouvidos, o nariz e a garganta. Mas, por que eles cuidam de três órgãos?

A explicação é simples: a membrana que envolve todo o nariz (rino), seios da face, laringe, faringe e até o ouvido médio (oto) é muito parecida. É por isso que, quando o nariz começa a escorrer (coriza), é comum isso abrir caminho para a dor de garganta, a sinusite e a dor de ouvido. A inflamação se espalha muito rápido por todo esse sistema, que é responsável por cinco funções e sentidos do nosso organismo: olfato, fala, respiração, audição e equilíbrio.

Quando procurar um otorrinolaringologista?

As alergias e inflamações na garganta e no ouvido são as doenças mais frequentes, especialmente em cidades com mudanças bruscas nas temperaturas. “Nessa época de outono, que de manhã está frio, a tarde esquenta e anoite volta a esfriar, é um prato cheio para problemas nessas regiões do corpo”, explica Alexandre Burzichelli, otorrinolaringologista.

Cuidados com essas regiões do corpo são fundamentais, principalmente nesta época do ano – Imagem: Internet

Assim, é preciso buscar ajuda médica com o especialista sempre que sentir:

  • Dor ou dificuldade para engolir;
  • Dor no ouvido;
  • Dor no nariz;
  • Dor na face;
  • Ronco;
  • Zumbido;
  • Dificuldade para ouvir;
  • Falta de equilíbrio;
  • Sangramento ou pus nos ouvidos, garganta ou nariz;
  • Tontura ou visão escurecida;
  • Rouquidão;
  • Alergia das vias respiratórias.

“Aqui na Caixa de Saúde, os casos mais comuns são de pessoas com sinusite, rinite, alergias em geral, principalmente nessa época do ano. Receito alguns remédios para ajudar a controlar e amenizar o incomodo”, comenta Burzichelli.

As doenças mais comuns na garganta e boca

“Amigdalite, laringite e faringite lideram a lista d e inflamações e infecções na garganta. O tratamento inclui remédios, sempre com orientação médica, mas, quando o quadro se torna recorrente, o médico pode optar pela cirurgia” explica Burzichelli. A remoção das amígdalas é a cirurgia mais comum, pois elas são responsáveis pela maioria das infecções de garganta.

A voz também é alvo dos cuidados do otorrinolaringologista. “Há profissionais do ramo que examinam a saúde das cordas ou pregas vocais (tecidos musculares localizados na faringe, que faz parte do aparelho fonador humano)”, diz ele. O objetivo é analisar as causas de falha ou ausência repentina de voz (afonia), além de rouquidão prolongada. Em muitos casos, o otorrino atua em conjunto com o fonoaudiólogo para reestabelecer pelnamente a voz.

Algumas lesões na boca e na garganta podem evoluir para câncer, daí a necessidade de serem avaliadas por um otorrino. Muitas vezes, essas doenças são diagnosticadas durante o exame clínico com esse profissional.

“Para se ter uma ideia, na área de otorrinolaringologia há um campo de estudo do sono. Isso porque, por exemplo, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (Saos) se caracteriza por uma parada respiratória provocada pelo relaxamento das paredes da faringe e da base da língua, limitando a quantidade de ar que chega aos pulmões. Nós, juntamente com outros especialistas, tratamos de casos assim”, enfatiza Alexandre.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 40% das pessoas possuem problemas para dormir.

As doenças mais comuns do nariz

“A rinite e a sinusite são inflamações bastante comuns na região nasal, e são bem comuns nos atendimentos na área, aqui na Caixa de Saúde, atendo muitos pacientes com essas queixas”, comenta Alexandre. Outras frequentes são o desvio de septo, o aumento da adenoide (glândula do sistema imunológico localizada atrás da cavidade nasal) e coriza intensa e a congestão. Essas doenças podem acometer indivíduos de qualquer idade, sendo responsáveis por muitas consultas de emergência em prontos atendimentos.

O profissional

Alexandre Burzichelli trabalha às quintas-feiras, das 13 às 17 horas, aqui na Caixa de Saúde e Pecúlio. Foto: Nicolas Pedrosa

Alexandre Wakil Burzichelli se formou em medicina em 2011, na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), com especialização em otorrinolaringologia, com subspecialização em cirurgia nasal e na base do crânio, concluindo todo esse estágio em 11 anos.

Trabalhou por cinco anos em São Paulo, no Hospital São Luiz, e hoje está atuando na Baixada Santista, nas cidades de Praia Grande, Santos, São Vicente e Mongaguá. 

Para Alexandre, o maior desafio para a medicina, de modo geral, é a constante mudança da área. “A medicina evolui de forma rápida. A maneira que tratamos um paciente pode não ser a mesma que trataremos amanhã. Então esse é o maior desafio: estar sempre atualizado, para oferecer o melhor atendimento possível para o paciente”, fala ele.

Burzichelli não tem uma inspiração familiar que o motivou a escolher a área da medicina. “Eu tinha 10 anos de idade e desde então eu falei que queria ser médico. Sempre quis alguma área cirúrgica mas, durante a faculdade, fui mudando a especialização que queria fazer. De repente, me vi fazendo otorrinolaringologia”, salienta ele. 

Doutor Alexandre atende seus pacientes sempre às quintas-feiras, das 13 às 17 horas, tendo em média 20 pessoas atendidas por dia. 

“Se eu pudesse dar algumas dicas, eu diria que as pessoas precisam de um bom intervalo de sono, de 7 a 8 horas por dia, além de uma alimentação saudável. Esses dois cuidados ajudam muito, pois seu sistema imune vai estar bem equilibrado com uma boa alimentação e com bom período de sono. Para o nariz, é imprescindível realizar uma lavagem nasal com soro fisiológico, para qualquer pessoa, pelo menos de manhã e à noite (ajuda na limpeza e umidificação nasal, que é por onde a gente tem maior contato com ambiente, com vírus e bactérias)”, conclui ele. 

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